orientação acadêmica

Orientação

Mestrado e Doutorado Profissional, como a orientação acadêmica te ajuda?

Sumário
5/5 - (3 votes)

Em nosso post de hoje iremos falar um pouco a respeito de um assunto que pode ajudar muitas pessoas que talvez estejam pensando em seguir a carreira da pesquisa, mas que ainda possuem algumas dúvidas sobre o tema e procuram por algum tipo de esclarecimento.

Ou seja, falaremos sobre o mestrado e o doutorado profissional para que você entenda um pouco a respeito desses dois antes que decidida por se aventurar ou não no lado profissional do mundo acadêmico. Assim, também iremos apresentar de que forma a orientação acadêmica pode lhe ajudar nesse contexto. Logo, a primeira coisa que você deve levar em consideração é que antes não existiam cursos de mestrado e doutorado profissionais.

O que motivou a criação de cursos de mestrado e doutorado profissionais?

Como mencionamos, antigamente, havia apenas os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos, de modo que os cursos profissionais, aprovados e regulamentados pela CAPES, surgiram como resposta a duas lacunas.O que motivou a criação de cursos de mestrado e doutorado profissionais

A primeira lacuna diz respeito à disseminação dos cursos de MBA em todo o país. Entre quinze e vinte anos atrás, os cursos MBA chegaram ao nosso país e fazer um curso desse tipo era visto como “chique”, mas eram cursos caros, logo, inviáveis para a maior parte dos brasileiros.

Embora houvesse diversos cursos de MBA, eles não eram procurados de uma forma significativa. Além disso, precisamos chamar a sua atenção para o fato de que as pessoas que desejavam se aperfeiçoar nos cargos de gestão e administração procuravam por esse tipo de curso. Entretanto, dos anos 2000 em diante, a situação começou a ser revertida.

Abertura e expansão dos cursos de pós-graduação

Com a abertura e expansão dos cursos de pós-graduação nos mais diversos contextos, áreas e linhas de pesquisa, houve a acessibilização do ensino superior em todo o território nacional.

Embora o nosso foco seja no stricto sensu, devemos chamar a sua atenção para o fato de que muitas pessoas começaram a ingressar em cursos de pós-graduação lato sensu com cursos de especialização. Assim, os MBAs foram substituídos por cursos lato sensu, visto que não precisavam da permissão do MEC/CAPES para fornecerem essa formação.Abertura e expansão dos cursos de pós-graduação

Essa relativa flexibilidade se deu porque entendeu-se que a academia não era capaz de abarcar as demandas do mundo moderno de maneira rápida, uma vez que levava muito tempo até que um curso fosse regularizado, o que se tornou uma vantagem para a pós-graduação lato sensu. Nesse contexto, observou-se campos altamente flexíveis que não eram capazes de esperar por esse processo de regularização.

As demandas do mundo contemporâneo

As áreas que perpassam pela tecnologia, por exemplo, não têm como esperar pela aprovação do MEC para a inserção de novos cursos. A fim de que essas demandas tecnológicas sejam abarcadas pelo mundo acadêmico tradicional, é preciso que as instituições passem por um processo longo voltado à regularização.

Em meio a esse cenário, decidiu-se que não são todos os cursos de pós-graduação que precisam desse aval, surgindo, então, as especializações lato sensu. Entretanto, tal expansão provocou uma segunda lacuna, sendo esta a seguinte: se por um lado, houve um aumento muito grande na oferta de cursos de pós-graduação, por outro lado, muitos desses cursos começaram deixar a desejar em questão de qualidade.

O que mostrou que não é porque há uma oferta significativa de cursos que todos eles vão ter a devida qualidade. Nesse sentido, infelizmente, muitas instituições passaram a se preocupar, e ainda se preocupam, mais com o número de expedição de diplomas do que com a qualidade da formação oferecida, o que fez com que a qualidade requerida pelos MBAs fosse deixada para trás.

Onde entra o mestrado e doutorado profissional nesse contexto?

Mesmo diante de tantas limitações, a demanda por cursos que valorizassem o aspecto profissional se tornou muito recorrente. Os profissionais não queriam mais aqueles cursos de especialização, mas sim um mecanismo que permitisse integrar o mundo da ciência com o profissional.Onde entra o mestrado e doutorado profissional nesse contexto

Assim, a demanda era a proposição de um curso de mestrado e doutorado que fosse capaz de valorizar esse viés prático. Os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos já atendiam as demandas daqueles que queriam fazer ciência sob o viés teórico. Aqui estamos falando de um outro perfil de pesquisadores.

A ciência, por si só, é teórica-filosófica, porém, hoje, pode se ater, também, ao viés aplicado, sem menosprezar a sua dimensão teórica. Nesse sentido, os cursos de mestrado e doutorado profissionais surgiram para atender as demandas reais e urgentes de uma sociedade que precisava e ainda precisa de soluções rápidas.

O viés prático em cursos profissionais

Algo essencial nos cursos de mestrado e doutorado profissionais é que neles são produzidos materiais capazes de fornecer respostas e soluções para necessidades e urgências da sociedade civil como um todo.

Em virtude das críticas à qualidade dos cursos oferecidos pelo lato sensu, os profissionais passaram a defender a abertura de outros tipos de curso no eixo do stricto sensu. Surgindo, com isso, cursos que pensam na ciência de uma forma mais pragmática, isto é, aplicada.

Dessa forma, a solução encontrada para sanar essa lacuna foi a criação dos cursos de mestrado e doutorado profissional em todo o país. O objetivo dos cursos desse tipo era fazer com que aqueles profissionais de mercado adentrassem no contexto acadêmico, levando em consideração o perfil desses profissionais ao propor a estrutura do curso.

O perfil dos alunos de mestrado/doutorado profissional

Aqueles que procuram por cursos de mestrado e doutorado profissionais estão ligados a um perfil específico. São profissionais que atuam nos mais diversos contextos do mercado e, dessa forma, querem contribuir com as suas experiências por meio da produção de ciência. O objetivo é traduzir essa linguagem do mercado, bem como seus interesses, experiências e vivências em ciência.

Nesse contexto, nos últimos anos, tem havido uma aprovação predominante de novos cursos apenas de ordem profissional. O objetivo dessa abertura facilitada é justamente o de suprir a demanda do mercado.

É uma forma de unir a ciência, o pragmatismo, a sociedade e o mercado em um único eixo. Esse conhecimento é traduzido em produtos, serviços, patentes, diretrizes, protocolos e outros mecanismos que convertem a ciência em resultados práticos e efetivos.

De onde vêm os professores de mestrado/doutorado profissional?

Agora que você já entendeu qual é a proposta desse tipo de curso, é nosso dever chamar a sua atenção para como ele tem sido concretizado na prática. O primeiro ponto sobre o qual precisamos conversar diz respeito aos professores responsáveis por ministrar as disciplinas, bem como por orientar os alunos.

Então, desse modo, pensemos: de onde vêm esses profissionais? A maior parte dos professores e orientadores que integram esses programas de mestrado e doutorado profissionais são acadêmicos, ou seja, são indivíduos que, após seus vários anos de atuação na área, estão acostumados a orientar trabalhos acadêmicos, trabalhando com profundidade conceitual, teorias bem desenvolvidas e metodologias complexas, de forma que se utilizam desses mesmos recursos quando ensinam e orientam os seus alunos de mestrado e doutorado.

Os professores acadêmicos nos mestrados e doutorados profissionais

Algo que temos notado é que os professores que integram esses programas aplicados têm trabalhado, ao longo de todos os anos de suas carreiras, com reflexões teóricas e filosóficas profundas. Trabalham com conceitos e teorias robustas.

Trabalham, também, com as mais complexas metodologias e, em diversos casos, são professores que querem que os seus alunos apenas repliquem um mesmo assunto de formas diferentes, concentrando-se nos aspectos teóricos.

Contudo, as pessoas que estão ligadas ao mercado e que adentram nesse universo ficam muito perdidas, uma vez que se trata de uma lógica muito diferente. Esse choque de cultura aparece de uma forma mais evidente quando esse indivíduo se depara com a necessidade de desenvolver o trabalho final. Até consegue cursar as disciplinas sem grandes problemas, mas é ao colocar a mão na massa essas questões se tornam bastante complexas.

A execução do trabalho final em um curso profissional

Posto as considerações acima, precisamos chamar a sua atenção para o fato de que nem sempre os pesquisadores da área do mestrado/doutorado profissional conseguem colocar em prática o viés teórico implicado a esse tipo de curso em seus estudos.

É claro, esses pesquisadores conseguem reconhecer a importância dos conceitos e teorias, porém, têm muita dificuldade para articular esse conhecimento, uma vez que não é algo comum no contexto no qual atuam.

Há um intenso choque de culturas e este é ainda mais intensificado em virtude da postura dos professores que fazem parte desses programas. Eles estão acostumados a orientar apenas as dissertações e teses convencionais.

Esses professores ainda compartilham do pensamento de que um trabalho final no eixo do stricto sensu não pode deixar de se ater a esse viés teórico, o que desperta alguns conflitos.

Os aspectos acadêmicos que despertam os conflitos

Há alguns aspectos que dão forma à pós-graduação que evidenciam alguns conflitos entre o profissional de mercado e os acadêmicos. O principal deles é o fato de que os pesquisadores de mercado que ingressam nesses cursos não estão preocupados com o foco em conceitos e teorias para explicar uma dada questão.

Ou seja, tal como a sociedade, querem soluções e respostas para problemas reais e urgentes. No entanto, é de suma importância que você entenda que não se trata de um curso mais fácil do que o outro.Os aspectos acadêmicos que despertam os conflitos

Tanto os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos quanto os profissionais são complexos, sérios e de qualidade, de modo que você terá que se ater a uma série de cuidados, técnicos e métodos para que o material possa ser aprovado e divulgado à sociedade. Os dois são complexos, porém, o objetivo desses cursos é o que faz com que assumam características um tanto quanto distintas.

Os objetivos dos cursos acadêmicos e profissionais

Por um lado, temos um tipo de curso, o acadêmico: fortemente ligado ao plano das ideias, reflexões, conceitos e teorias, logo, o trabalho final atende a esse viés. Nesse tipo de curso, em todas as áreas, linhas de pesquisa e instituições, o trabalho final será sempre uma dissertação, no caso do mestrado, e uma tese, no caso do doutorado.

Os trabalhos promovem discussões teóricas complexas e profundas sobre uma dada questão de pesquisa. O objeto de pesquisa, portanto, é discutido a partir de um viés reflexivo.Os objetivos dos cursos acadêmicos e profissionais

Os programas de mestrado e doutorado profissionais, por sua vez, têm outro objetivo: a produção de materiais que possam ser aplicados no próprio mercado, em setores diversos. O conteúdo desses materiais não é tão teórico, visto que o intuito é que o conteúdo exposto nesses trabalhos seja convertido em ações e soluções práticas. Assim, temos dois cenários de pesquisa bastante diferentes.

Cenários de pesquisa com as suas peculiaridades

Com a apresentação dos objetivos dos dois tipos de curso, temos como intuito discutir sobre formas de produção de ciência coerentes a dois perfis de pesquisadores distintos, que são válidos e devem ser valorizados.

A sociedade como um todo precisa de ambos os tipos de conhecimento, pois um mesmo tema de pesquisa pode ser debatido e desenvolvido de formas muito diferentes a depender do tipo de curso escolhido.

Nesse contexto, pensemos no campo da educação como exemplo. Enquanto o curso acadêmico iria se ater aos aspectos teóricos ligados à aplicação de um jogo, no mestrado/doutorado profissional esse jogo seria criado e demonstrado em etapas. Esse seria o trabalho final. Dessa forma, cada trabalho se basearia nas peculiaridades do contexto de cada programa, seja acadêmico ou profissional.

Entenda as peculiaridades do seu contexto de pesquisa

Posto o contexto acima, devemos fazer um alerta: ainda hoje, a maior parte dos programas de mestrado e doutorado requerem a elaboração de uma dissertação/tese, contudo, na sua produção, muitos pesquisadores do âmbito profissional acabam por ignorar completamente o seu contexto profissional, que é mais prático, para tentar trabalhar com um contexto totalmente acadêmico.

O problema é que esse tipo de abordagem acaba dificultando o processo de pesquisa, pois muitos não possuem o conhecimento necessário a respeito do universo acadêmico. Por esse motivo, o melhor a se fazer nesse cenário é tentar compreender o que o professor espera e quais são as suas próprias possibilidades de atuação, sendo, uma dica primordial para se alcançar tal compreensão, a contratação de um profissional experiente na área [1]
, ou seja, o investimento em uma orientação acadêmica. Este profissional, irá te auxiliar de modo a tentar alcançar um meio termo entre os contextos profissionais e acadêmicos. Desse modo, poderá tirar um melhor proveito desse processo e fazer com que ele se torne uma agradável experiência de aprendizado.

[1] Fale conosco! Ficaremos honrados em fazer parte da sua história profissional e acadêmica: https://www.orientacaoacademica.com.br/contato 🤗

Precisa de ajuda na jornada do mestrado ou doutorado?
Fale conosco e conquiste seus objetivos!